segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Hora da bufunfa

Imagem: Google
Para conhecer um pouco mais da realidade de nosso mercado, entramos em contato com o Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindjorce). Descobrimos que não existe um piso salarial específico para este tipo de profissional, entretanto como os portais são considerados mídias eletrônicas, o sindicato considera que o salário deveria ter como base a Convenção Coletiva de Trabalho dos Jornalistas Empregados em Rádio e TV.

O piso de mídia eletrônica atualmente é de R$ 2.056,49, para uma jornalista de cinco horas diárias, disse-nos Samira de Castro, presidente do Sindjorce. Porém a remuneração varia de acordo com a empresa contratante.

O Portal G1 e o Diário do Nordeste contratam através da Editora Verdes Mares (razão social do DN). Neste caso, os jornalistas recebem de acordo com os reajustes da mídia impressa. De acordo com o sindicato, o piso é de R$ 1.727,79 para uma jornada de 5 horas/dia de trabalho.

Os profissionais contratados pelos portais de notícias ainda recebem os benefícios que os outros meios concedem. Vale-alimentação, auxílio-creche, diária de viagem e outros.

Piso Salarial

Jornalistas de Jornais e Revistas
Piso 5 horas = R$ 1.727,79
Salário 6 horas = R$ 2.349,80
Salário 7 horas = R$ 3.040,40
Piso de Editor (já com 50% de gratificação)

Jornalistas de Rádio e Televisão
Piso salarial para cinco horas diárias trabalhadas = R$ 2.056,49
Salário base para seis horas diárias trabalhadas (uma hora extra/dia) = R$ 2.796,29
Salário base para sete horas diárias trabalhadas (duas horas extras/dia) = R$ 3.618,29


Confira o que o Sindicato dos Jornalistas no Ceará nos respondeu sobre os seguintes tópicos:

Qual grupos de comunicação mais contratam? 

O Povo Online e Diário do Nordeste são os que mais contratam. A Tribuna do Ceará contratou algumas pessoas que foram demitidas da própria TV Jangadeiro e de outras empresas, em 2013. Porém, o que temos observado é que os portais têm contratado muitos estagiários para fazer trabalho de profissionais e ganhando bem menos.

 Uma análise do mercado local

Como disse na resposta anterior, os portais locais investem pouco na contratação de jornalistas profissionais. A mão de obra do estudante vem sendo bastante explorada, a pretexto da oferta de estágios inclusive não remunerados. Há também uma grande rotatividade dos jornalistas em todos os veículos, principalmente nas TVs e portais.

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